quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Lute por mim

Talvez não se saiba a fundo a força que uma comunidade unida possui. Esta seria a explicação mais cabível para explicar a ausência de tantos empresários e associados nas reuniões semanais na sede da Associação Comercial da Fazendinha. Embora a falta de tempo somada à horários incompatíveis façam parte da realidade de uma maioria esmagadora, a região tem a honra de ter àqueles que freqüentam os encontros com propostas, soluções e ações que agregam e beneficiam a todos. Sim, a todos. A não ser que assuntos como pavimentações, obras, segurança, parcerias, cursos e revitalizações não estejam na pauta de prioridades de um morador ou de um comerciante no bairro.
Pior! Esta ausência em momentos de decisão nas reuniões da ACF se estende nos encontros de Lei de Diretrizes Orçamentárias que elabora metas e prioridades da administração pública; e na Lei Orçamentária Anual que estabelece despesas e recursos para o próximo ano.
Ora, se o comércio não se une para se prevenir tampouco se unirá para se defender. Damos um exemplo para os de memória curta. Em abril desse ano, depois de uma leva de assaltos na rua Raul Pompéia, comerciantes e moradores botaram pra quebrar – bloquearam a rua, queimaram pneus, levaram faixas, mostraram seus rostos indignados com a falta de policiamento e conseguiram ser vistos por autoridades. Um ato de bravura e de união.
Pois bem, e agora? Será preciso uma leva de outra ação inconstitucional para se unirem novamente? Enquanto isso, vão terceirizando suas forças, suas vozes, seus direitos. “Lutem por mim. Façam por mim”. Ainda bem que, embora poucos, aqueles que lutam em encontros e reuniões têm a força coletiva que enaltece seu digno título de cidadão.


Fonte: Editorial do Jornal Fazendinha
2ª quinzena - agosto/2011.
Sr. Alceu
Jornalista: Elizangela J.K.

Jornal Fazendinha
(41) 3245-8065

domingo, 8 de maio de 2011

Poesia do Dia das Mães

Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade